quinta-feira, 17 de abril de 2014

A Prática da Pesquisa na Ação Docente dos Professores EBTT do IFBA/Irecê



A PRÁTICA DA PESQUISA NA AÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNLÓGICO DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA – CAMPUS IRECÊ
                                                                                                         



Resumo: Este trabalho teve como finalidade conhecer como ocorre a prática da pesquisa na ação docente dos professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, Campus Irecê. Para tanto, buscou-se conhecer o que os documentos legais da instituição propõem a cerca da pesquisa na práxis do professor. Foram entrevistados professores sobre a possibilidade do desenvolvimento da pesquisa em sala de aula, do possível diferencial pedagógico na prática de ensino, das condições necessárias para o seu desenvolvimento no EBTT, da integração da pesquisa no trabalho do professor na escola básica e da situação da pesquisa na instituição na qual lecionam. Foram obtidos resultados que denunciam que a ação da pesquisa, apesar de ser consenso entre os entrevistados de sua importância na prática docente, ainda está muito aquém dos ideais educacionais do Instituto.


Palavras-chaves: Prática da Pesquisa.  Ação Docente. Prática do Ensino.


      I.        Introdução
O trabalho em questão foi originado de uma pesquisa realizada no mês de setembro de 2012 com professores do IFBA Campus Irecê, com o objetivo de conhecer como a prática da pesquisa ocorre na ação docente, com vistas a traçar um paralelo entre o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), a proposta do Projeto Político Pedagógico (PPI) e a experiência da prática dos professores do Ensino Básico Técnico e Tecnológico (EBTT) da referida instituição.
Os sujeitos dessa pesquisa foram professores, num total de 03 (três), em regime de dedicação exclusiva, mestres em sua área de atuação e selecionados mediante sorteio contendo 20 nomes. A pesquisa realizada foi de caráter qualitativo, que tem como uma das principais características possibilitar maior autonomia nas escolhas do pesquisador, uma vez que permite exploração livre do tema, de modo que ofereça maior liberdade. Por meio dessa metodologia buscou como indica Bortoni-Ricardo “procurar entender, interpretar fenômenos inseridos em um contexto” [1].
Quanto aos instrumentos de coleta de dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com os professores acerca da possibilidade do desenvolvimento da pesquisa em sala de aula, do possível diferencial pedagógico na prática de ensino, das condições necessárias para o desenvolvimento da pesquisa no EBTT, da integração da pesquisa no trabalho do professor na escola básica e do estado/situação da pesquisa na instituição de ensino, além da análise do PDI e proposta de construção do PPI do Instituto.
O texto aborda a pesquisa inserida na prática docente como diferenciador na qualidade do ensino, apesar das dificuldades diversas para o professor desenvolvê-la de modo pleno e satisfatório juntamente com a sua prática de ensino. Discute aspectos positivos da pesquisa na prática docente, pautando, inclusive em documentos legais. Problematiza em torno das experiências de profissionais do Ensino Básico Técnico e Tecnológico do IFBA Campus Irecê acerca desse assunto, assim, apresenta opiniões e impressões dos professores sobre a prática da pesquisa na sua ação docente.
    II.        A Pesquisa como Proposta Educativa na Ação Docente
O ser humano é pesquisador por natureza. Somos dotados de saberes e o que nos faz diferentes de outros seres vivos é a nossa capacidade de pensar, interrogar, investigar, indagar, interagir e buscar proposição de respostas aos nossos problemas. Somos competentes em elaborar saberes a partir das nossas vivências, experiências e observações do dia-a-dia, ou seja, desenvolvemos saberes que se manifestam de modo espontâneo e que estão diretamente ligados a nossa maneira de se relacionar com o outro e com o meio que nos cerca.
Com a evolução, nos tornamos mais exigentes com os saberes espontâneos que desenvolvemos, dessa forma, começamos aplicar técnicas para desenvolver o saber científico. E todos os saberes que construímos que auxiliam nossas atividades diárias são oriundos de um mesmo ponto inicial: a busca pelo conhecimento, a inquietação que move o pensamento do homem. A pesquisa é, portanto, inerente à vida da humanidade, pois, toda nova descoberta envolve o ato de indagar e investigar.
Para Minayo “toda investigação se inicia por uma questão, por um problema, por uma pergunta, por uma dúvida” [2]. É nesse entorno que a pesquisa tem sua causa, uma vez que parte do principio da sua importância na prática docente e como ela se desenvolve em um determinado espaço educativo.
A nova roupagem da educação tecnológica no Brasil, principalmente a partir do projeto da expansão da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, propõe uma educação centrada no ensino, na pesquisa e na extensão vislumbrando a formação de sujeitos históricos e críticos por meio de uma formação de qualidade e referenciada. A ênfase no tripé ensino, pesquisa e extensão, é sem dúvida uma das principais modificações dentro da proposta de construção dos Institutos Federais rumo à qualidade na educação e a busca da formação completa do cidadão brasileiro. A proposta do PPI, inclusive, assevera essa perspectiva.[3]
Segundo Ludke “a importância da pesquisa na pratica docente vem  há muito tempo sendo discutida em associação com os conceitos de reflexão e crítica , na perspectiva de uma prática reflexiva, do professor reflexivo ou professor pesquisador”. (p.36).[4]
O professor pesquisador é para os alunos oportunidade de comunicação com o mundo através de pesquisas, produções, publicações, apresentações etc. A pesquisa é um principio educativo que apura a capacidade investigativa e conceitual do pesquisador e fomenta discussões diversas a partir da interação e contradição. Dessa forma, é indispensável na educação.
Apesar do consenso que existe acerca da importância da pesquisa na prática docente, há muitas discussões em torno de como a pesquisa é alocada na ação docente de modo que colabore efetivamente na qualidade do ensino e não se transforme em mera discussão vazia e/ou mero jargão. A pesquisa, segundo Lisita et. al. tem o “potencial em criar condições que ajudem os docentes a desenvolver disposições e capacidade para uma prática refletida” [5]. Argumentam em favor da ideia de que se formem professores que pesquisem e que produzam conhecimentos sobre seu próprio trabalho docente.
Para Demo “o critério diferencial da pesquisa é o questionamento reconstrutivo, que engloba teoria e prática, qualidade formal e política, inovação e ética” [6]. Para esse autor a “base da educação escolar é a pesquisa, não a aula, ou o ambiente de socialização, ou a ambiência física, ou o mero contato entre professor e aluno” [7]. Para ele “o aluno não vai à escola para assistir à aula, mas para pesquisar” [8]. Defende a pesquisa com princípio educativo em que o aluno deve ser parceiro de trabalho do professor, por isso, deve ser ativo, participativo, reconstrutivo. Aluno que mais que disciplinado seja criativo, capaz de argumentar, fundamentar, questionar, propor e contrapor com propriedade.
      I.        Pesquisa e Ensino: uma inter-relação necessária
O desenvolvimento da atividade de pesquisa representa certo prestígio, levando muitas vezes a conotação de que poucos conseguem desenvolvê-la. Na atualidade ela representa um elemento fundamental na qualificação docente e, muitas vezes esse prestígio leva o profissional a se desvencilhar do ensino ou não apostar na relação e potencial existente na interconexão entre esses dois campos.
Talvez uma justificativa para isso seja o fato de que ainda é um desafio tornar-se um pesquisador e manter-se perseverante na prática do ensino, uma vez que na maioria dos casos, o professor se afasta das suas atividades de ensino quando vai se dedicar a pesquisa, pois para o desenvolvimento dessa se requer tempo, dedicação e envolvimento que se simultaneamente com a prática daquela poderá inviabilizar a pesquisa comprometendo seu desenvolvimento e efetivação. De modo contraditório, o docente se distancia do ensino, para refletir e pesquisar aspectos inseridos nessa atividade prática e/ou em aspectos que circunscrevem tal ação.
Assim, por necessidade e, acrescido do prestigio em ser pesquisador e da desvalorização da profissão de professor, o profissional passa a dedicar seu tempo “integral” à pesquisa. Por ainda serem vistos como aspectos distintos presentes no processo educativo, muitos profissionais retornam do “tempo para a pesquisa” e retomam sua atividade de ensino deslocados da realidade sem muitas vezes utilizar da sua experiência e conhecimento para fomentar uma prática de ensino guiada pelos saberes adquiridos, relacionando/associando pesquisa e ensino.
Entretanto para Santos, a baixa integração entre ensino e pesquisa “é decorrente da forma como está estruturado o campo acadêmico no interior das universidades e das complexas relações que este mantém com as diferentes áreas do conhecimento” [9]. Cursos com currículos que não se voltam para a preparação de professores que desenvolvam o exercício da pesquisa. Por isso muitas vezes “muitos docentes consideram suas atividades de ensino desconectadas das atividades de pesquisa” [10]. Essa mesma autora afirma que o desenvolvimento de pesquisa repercute com maior intensidade na pós-graduação, segundo ela, lugar “para onde se dirigem, após o término do curso de graduação, os alunos que participam de tais iniciativas” [11].
Para Santos “o trabalho dos docentes com a pesquisa se traduz na sala de aula em cursos mais atualizados, aproximando os alunos do campo da produção do conhecimento” [12]. Portanto, a prática da pesquisa é percebida como relevante para a prática de ensinar.
É desejável que o professor:
Trabalhe como um pesquisador, identificando problemas de ensino, construindo propostas de solução com base na literatura e em sua experiência, colocando em ação as alternativas planejadas, observando e analisando os resultados obtidos, corrigindo percursos que se mostram pouco satisfatórios [13].
Neste aspecto o professor é um pesquisador alicerçado em suas experiências teóricas e práticas e nos objetivos de melhoria escolar.
Por meio da pesquisa o docente tem possibilidades de se confrontar com dúvidas e incertezas de determinados campos de conhecimentos. Bem como incitado a investigação e aos métodos investigativos e consequentemente apropria-se de novos conhecimentos (conhecimentos científicos). De maneira que não existem problemas mais amplos sociais ou políticos do que aqueles percebidos na ação prática do ensino, pois esses refletem os problemas interligados ao mundo fora dos muros escolar.
Ocorre que muitas vezes os interesses e os cuidados dispensados a pesquisa coloca o ensino em segundo plano. É necessária uma integração entre esses dois campos e não uma supremacia de um em detrimento da negação do outro. Mas sim, defende-se que ambos se correlacionam e podem promover uma melhor qualidade na educação e, consequentemente, uma maior interferência política e social.
    II.        Pesquisa na Formação de Professo
Ludke explana que “a literatura específica e até a legislação relativa à formação de professores já admitem a importância da pesquisa na preparação e no trabalho do professor” [14], ou seja, formação e prática. Essa mesma autora esclarece que é muito difundida e aceita a ideia de um professor mais ativo, autônomo, crítico, principalmente em relação as suas escolhas e trabalho, ou seja, um profissional que não mais responda a ideia de aplicador de soluções prontas, mas sim a de um investigador.
Os cursos de formação de professores podem e devem integrar ensino e pesquisa. Para Santos “essa integração só será possível quando o ensino for colocado como prioridade ao lado da pesquisa, dispensando-lhe o interesse e os cuidados conferidos a esta última” [15].
Para André “há várias formas de trabalhar a articulação entre ensino, e pesquisa na formação docente” [16]. De modo que:
(...) pode traduzir-se numa organização curricular, em que disciplinas e atividades sejam planejadas coletivamente, com o objetivo de desenvolver habilidades e atitudes de investigação nos futuros professores. ... pesquisas que retratem o cotidiano escolar, visando aproximar os futuros docentes da realidade das escolas, levando-os a refazer o processo da pesquisa e a discutir sua metodologia e seus resultados. [17]
Lisita et. al. argumenta em favor da ideia de “formar professores que pesquisam e produzem conhecimentos sobre seu próprio trabalho” [18], e do “potencial da pesquisa em criar condições que ajudem os docentes a desenvolver disposições e capacidade para uma prática refletida” [19].
   III.        A Pesquisa e sua Ação Transformadora
Atualmente há uma expectativa de que o professor deva desenvolver pesquisas. Resta saber se as instituições tem encarado a prática da pesquisa com o comprometimento necessário para que o professor a desenvolva, com carga horária própria, oferecendo instrumentos adequados, incentivos etc. Bem como se os professores realizam pesquisas que se relacionam às questões práticas do ensino e de investigações emanadas de um desejo de descobertas.
Compreende-se que o trabalho da pesquisa na ação docente pode e deve ser voltado para questões da prática do dia-a-dia das instituições escolares, sem, contudo abrir mão de todos os cuidados que devem cercar toda forma de pesquisa. A proximidade da pesquisa com as necessidades da realidade se concretiza em uma ação prática.
André destaca que “existe uma ideia, que vem sendo defendida nos últimos anos, de que a pesquisa deve ser parte integrante do trabalho do professor, ou seja, que o professor deve se envolver em projetos de pesquisação nas escolas ou salas de aula” [20].  Compreendendo esse processo como um elo entre os problemas enfrentados no dia-a-dia e o papel da educação de propor melhorias na realidade social. Obviamente a educação não poderá sozinha resolver todos os problemas de uma dada realidade, mas enquanto instrumento socialmente construído e organizado tem o dever de propor e conduzir melhorias que potencializem o ser humano e sua inteligência na melhoria da prática.
Defende-se o desenvolvimento da pesquisa na ação do professor, ligada não ao modismo relacionado ao prestígio desenvolvido em torno da pesquisa, nem tão pouco atribuir à pesquisa o poder que ela não tem o de ditar regras para a prática docente, mas sim, por compreender que a pesquisa envolve um papel didático, além de ser instrumento de reflexão sobre a prática, capaz de desenvolver e propor saberes teóricos e práticos.
Concorda com Ludke quando afirma que “na prática docente existem condições para que a pesquisa se torne não apenas possível e viável, mas também possível de ser verdadeiramente instrumento de reflexão e crítica”[21]
No entanto, para o desenvolvimento da pesquisa na prática docente, o professor precisa de instrumentos e possibilidades de realização do trabalho que circunda a ação da pesquisa. Condições diversas que envolvem desde a carga horária até os incentivos para os docentes desenvolverem suas pesquisas. Já que de acordo com André:
Esperar que os professores se tornem pesquisadores, sem oferecer as necessárias condições ambientais, materiais, institucionais implica, por um lado, subestimar o peso das demandas do trabalho docente cotidiano e, por outro, os requisitos para um trabalho científico de qualidade. [22]
Desse modo, objetiva-se enfatizar as possibilidades de articular ensino e pesquisa na formação e na prática docente, especialmente, na prática dos professores do ensino médio. Espera-se que as instituições escolares do ensino médio não sejam do tipo que exista apenas ensino e professores, mas também pesquisa e pesquisadores. Que seja uma instituição disposta a promover, antes de tudo, reconstrução social. A pesquisa é em suma uma ação fecunda que inova as práticas de ensino.
   III.        A Garantia Institucional da Pesquisa na Ação Docente
No estatuto do IFBA, o Capitulo II que reza acerca dos princípios e das finalidades da Instituição, Art. 3º, garante a “verticalização do ensino e sua integração com a pesquisa e a extensão” [23]. De modo que tal garantia deve servir de norte para as práticas pedagógicas nos diversos Campi. No § VIII do Art. 4ª enfatiza ainda que a instituição deverá “realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico” [24]. A pesquisa ganha um dimensionamento correlacionado ao desenvolvimento científico do Instituto.
No Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI defende-se a articulação da pesquisa com o ensino e a extensão com vistas a educação continuada, destacando que a pesquisa e pós-graduação na instituição devem ter por princípio a “vinculação estreita com a educação, ciência e tecnologia destinada à construção da cidadania, da democracia, de defesa do meio ambiente e da vida, de criação e produção solidárias, e visando o desenvolvimento regional” [25].
Sendo assim, é através da Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação PRPGI, tendo o aval da Câmara de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Instituto que as áreas prioritárias de pesquisa são propostas, oriundas de consulta a toda a comunidade científica. Cabe a Pró-reitoria orientar os setores no que diz respeito às diretrizes de pesquisa, instigar a realização dessas atividades, organizando-as em projetos, vinculadas às linhas e grupos de pesquisa e na medida em que estimule a formação de grupos de pesquisa, consolide-as para o fortalecimento da área específica de conhecimento, assim como a articulação entre as diversas áreas.
Com vistas ao desenvolvimento de pesquisas o PDI ressalta o estabelecimento de acordos de cooperação com “universidades, instituições, organizações e redes de pesquisa, visando a aprimorar a qualidade das atividades finalísticas institucionais e a formação dos sujeitos envolvidos” [26]. Para a instituição as atividades de pesquisa são aquelas que envolvem “produção do conhecimento realizada por grupos de pesquisa ou por servidor individualmente, no sentido do desenvolvimento tecnológico, científico, artístico e cultural, bem como no sentido da qualificação da ação pedagógica dos docentes do IFBA” [27].
O Projeto Pedagógico Institucional – PPI, ainda em fase de construção, traz em sua proposta que a missão do Instituto é a promoção da “formação do cidadão histórico-crítico, oferecendo ensino, pesquisa e extensão com qualidade socialmente referenciada, objetivando o desenvolvimento sustentável do país” [28]. As diretrizes gerais para o ensino, a pesquisa e a extensão presentes na proposta do PPI asseguram “consolidar a pesquisa e a extensão como prática permanente e fonte de retroalimentação curricular” [29].
De modo que a pesquisa em questão se interessa em investigar acerca da real concretização das propostas para a efetivação da pesquisa como reza os documentos legais supracitados, utilizando como norte discussões em torno da pesquisa como meandro educativo na ação dos professores.
  IV.        Opiniões e Impressões dos Professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do IFBA Campus Irecê sobre a Prática da Pesquisa na sua Ação Docente.
A relação da entrevista com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), com a proposta para a construção do Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e com os que elas propõem acerca da pesquisa dentro da práxis do professor, nos direciona rumo a uma análise que discute a pesquisa e seu potencial educativo.
Em concordância com Bortoni-Ricardo quando afirma que “é desejável que os professores e todos os atores envolvidos com a educação tenham uma postura pró-ativa na produção do conhecimento” [30], ou seja, uma postura investigativa da realidade circunscrita, este trabalho se lança nesse experimento, onde as questões das entrevistas tiveram como norte a realidade da prática da pesquisa dentro do ambiente escolar.
      I.        O Desenvolvimento da Pesquisa na Sala de Aula
Ao serem questionados sobre a possibilidade do desenvolvimento da pesquisa em sala de aula, os professores foram unânimes a favor de que é possível desenvolvê-la nesse espaço. Foram incisivos ao defenderem a prática da pesquisa na prática de ensino.
Para o sujeito 01 “a prática da pesquisa não só é possível como deve ser imperiosa”. Segundo o sujeito 02 o desenvolvimento da pesquisa na prática docente é possível desde que haja as condições necessárias, por que os alunos sempre se mostrem bem interessados em pesquisas, em se inserirem em projetos. Para o sujeito 03 “enquanto IFBA é necessário que o professor faça pesquisas”, independente se individualmente ou no coletivo.
O sujeito 01 acredita que o papel do professor não está apenas centrado no “discurso velho de cidadania etc. O interesse tem que ser também que a gente instigue a formação de pesquisadores, porque a construção do conhecimento só se faz a partir do momento que o aluno realmente se interessa por pesquisar, por descobri, por conhecer”. Discorre que na sua prática busca sempre estimular a curiosidade dos alunos para que possam ser pesquisadores na carreira que escolherem.
Na concepção de Santos “fazendo uso de uma prática reflexiva, o professor desenvolve um trabalho próximo ao investigador, sem considerar, contudo, que só por meio da realização de pesquisas o professor pode se tornar um profissional reflexivo” [31]. Entretanto, essa mesma autora adverte que “não é qualquer tipo de pesquisa que contribui para o processo de formação docente. Para esse propósito é necessário que as investigações estejam relacionadas às questões de ensino ou da prática pedagógica” [32]. A tarefa do professor em sala de aula, apesar de complexo, pode ser instrumento de investigação dele próprio.
Os professores acreditam que cabe ao professor ter a iniciativa de promover a pesquisa na sala de aula, utilizando dos elementos e das condições que dispõem. A pesquisa é percebida por eles não como uma ameaça às suas atividades de ensino, mas como um elemento a mais na busca de um ensino mais contextualizado e dinâmico.
    II.        A pesquisa e seu Diferencial Pedagógico
Ao ser abordado o questionamento em torno de como a pesquisa pode ser um diferencial pedagógico na ação docente, todos, também, concordaram que a pesquisa pode ter esse diferencial, uma vez que acreditam que a pesquisa contribui para a qualidade do ensino. Na opinião do sujeito 02, quando o professor pesquisa ele “aprende a estudar, de certa forma, ele aprende a ir mais fundo no que ele quer conhecer... começa a ter uma maturidade”.
Para o sujeito 03 o aluno torna-se mais crítico quando pesquisa e, consequentemente, colabora com a melhoria do ensino. Discorre que “a pesquisa para o IFBA incentiva tanto na produção cultural, artística, no desenvolvimento científico e até no empreendedorismo”, conforme garantido nos documentos legais do Instituto.
O sujeito 01 acredita que a “pesquisa tem que ser a base da prática docente, tanto na formação do professor, quanto na formação do aluno”. Formação que se vincula a qualificação e por sua vez se relaciona a estímulo para tal.
   III.        A Pesquisa e as Condições para sua Realização
Para o desenvolvimento da pesquisa há muitas dificuldades, desde as relacionadas ao nível de interesse docente até aos entraves institucionais que não incentivam a pesquisa por não concebê-la como uma interface da educação. André enfatiza a “necessidade de condições mínimas para que o professor possa aliar a investigação a seu trabalho docente cotidiano” [33], já que a relação ensino e pesquisa é um desafio ao docente haja vista que o processo de produção de conhecimento não é fácil, assim como não é o de ensino.
Os professores dizem acreditar que para o desenvolvimento da pesquisa na ação docente, não basta boa vontade dos professores, deve haver condições diversas como carga horária disponível, recursos materiais e humanos, espaços físicos, acervos, dentre outras. De modo que afirmam não ter no Campus as condições ideais para desenvolverem de forma plena a pesquisa aliada a ação de ensino.
O sujeito 01 diz acreditar que a formação para a pesquisa não é tão incentivada pelos gestores, como acredita que deveria ser. Destaca também a falta de recurso devido à má administração dos recursos financeiros institucional, resultando inclusive em acervo insuficiente e na falta de espaços adequados para o desenvolvimento da pesquisa. Diz ainda que no ensino básico, técnico e tecnológico ainda permanece a ideia de que “o ensino deve ser voltado para as áreas tecnológicas”, enfatizando que em detrimento da priorização das áreas como eletromecânica e química, por exemplo, que possuem seus próprios laboratórios, outras áreas como história não recebem a atenção devida.
Na proposta do PPI, a ideia interdisciplinar dialoga com o trabalho gestado para uma formação integral do indivíduo, que por consequência desemboca em um diálogo de formação emancipatória do ser humano.
O sujeito 02 também acredita que não há as condições necessárias, mas ressalta que o Campus é novo, portanto, ainda se organizando melhor em vários aspectos. Enfatiza que apesar das dificuldades, o Campus de Irecê em comparação com os demais Campi recentes em funcionamento, tem se destacado em propostas e desenvolvimento de pesquisa por parte do professorado. Destaca que um dos problemas devido ao tempo de funcionamento é com relação à carga horária docente, pois, não há um corpo de professores que possibilite que todos tenham o tempo viável para a pesquisa e, por isso não se pode haver muita cobrança nesse aspecto.
O sujeito 03 discorre que o Campus “não dispõe de laboratórios, não dispõe de internet para pesquisa, o acervo da biblioteca ainda tá bem precário, o Instituto não recebe revistas e a carga horária acaba dificultando”. Para ele, muitos professores não dispõem de carga horária que possibilite a prática da pesquisa. Contudo, acrescenta que muitos professores, apesar das dificuldades, participam de grupo de pesquisa, de projetos de pesquisa, cursos de extensão e grupos de estudo.
O Campus de Irecê, segundo os professores, ainda não fornece as condições necessárias para que os professores invistam como gostariam e como acreditam que deveria ser a pesquisa em sua ação docente. Muitos entraves tem dificultado essa prática, Há expectativa que muitas dificuldades para a prática da pesquisa sejam superadas com o tempo, quando haverá um engajamento e amadurecimento maior para essa prática por parte dos professores e os recursos sejam destinados e melhor utilizados para o incentivo a pesquisa.
  IV.        A Integração da Pesquisa no Âmbito do Trabalho do Professor EBTT
Os professores entrevistados tiveram respostas diferentes acerca do questionamento em torno da integração da pesquisa no âmbito do trabalho do professor do ensino médio. Ao passo que para um deles essa integração não é um desafio, pois julga que, a pesquisa é, antes de tudo, uma obrigação de todo docente, é competência do professor ser pesquisador, para outro é um desafio na medida em que analisa a formação acadêmica dos próprios professores, já que alguns deles ainda não são especialistas e/ou mestres e não tiveram formação para a pesquisa na graduação, ou seja, “não tiveram a prática da pesquisa em sua formação” (Sujeito 03).
Segundo o sujeito 03, ele é um exemplo de que na graduação muitos professores não têm uma relação mais íntima com a experiência da pesquisa, pois, só veio ter a experiência da pesquisa quando saiu da graduação (licenciatura em matemática) para o mestrado. Acrescenta ainda que nem mesmo o trabalho de conclusão de curso (TCC) não foi em formato de pesquisa/monografia ao finalizar a licenciatura.
Uma contradição se pensarmos a Universidade conforme nos apresenta Bagno ao afirmar que “a universidade não pode ser apenas um “depósito” do conhecimento acumulado ao longo dos séculos”. Ela tem de ser também uma “fábrica” de conhecimento novo. E esse conhecimento novo só se consegue... pesquisando”.[34]
Todavia, o sujeito 03 diz acreditar que apesar da pouca experiência que alguns professores têm com a prática da pesquisa, não justifica que o docente seja apático à necessidade do desenvolvimento de pesquisas no ambiente escolar. Conjectura que “o desafio para a pesquisa é grande, apesar de na minha concepção achar que você não precisa antes ter sido “treinado” pra pesquisar pra posteriormente fazer pesquisa” (SUJEITO 03). Acrescenta ainda que mesmo sem uma formação para a pesquisa o professor pode, inclusive, no ensino fundamental e médio começar a pesquisar suas próprias práticas metodológicas em sala de aula.
Algumas áreas de formação específica, como matemática, são muitas vezes criticadas quanto sua limitação à área e formação de profissionais que “ensinam determinado conteúdo, em determinada área específica, deixando-se de se considerar outras dimensões – pessoais, políticas, sociais, culturais, éticas desse profissional e de sua ação” [35]. Formar professor não é apenas qualificá-lo para determinada área, mas igualmente formá-lo no sentido de enfrentar os desafios escolares e construir o ambiente educativo.
Ludke afirma que “uma boa formação teórica vai ajudar o professor a conhecer melhor os problemas e as características da realidade que cerca a sua escola, tanto no âmbito imediato, como no mais amplo” [36].
O sujeito 02 enfatiza que não existe uma cultura da prática da pesquisa na ação docente, apesar do empenho de tantos docentes e alunos em desenvolvê-la. Destaca que há um pensamento que a relação com a pesquisa deve ocorrer na graduação, quando o ensino técnico e tecnológico tem a pesquisa inserida nos espaços educativos referentes principalmente a inovação. Assim, a vinda do IFBA representa um grande avanço cultural quanto essa prática.
O sujeito 01 acredita que no cotidiano ensino e pesquisa são vistos como dissociados ao explanar que:
Há ainda um pensamento de que uma coisa é o que eu falo em sala de aula, outra coisa é o que eu pesquiso fora da sala de aula. No meu ver tudo que eu venha a desenvolver de pesquisa na minha formação vai ter uma ligação direta com a minha prática em sala de aula... Aqui no Instituto agente vê que muitas vezes as coisas se mostram separadas, até o discurso da direção é de que a pesquisa tem que ser voltada para o interesse imediato do Instituto e, eu acho que isso é uma desqualificação da pesquisa.
Deste modo, a integração da pesquisa na prática dos professores ainda se esbarra em aspectos como a falta de formação e interesse para a pesquisa em muitos professores. Bem como por questões culturais de que cabe a graduação (quando ocorre) o compromisso com a pesquisa, competindo ao ensino médio preparar o aluno para aprovação em vestibular. Além de outras conjunturas institucionais que dificultam essa prática, a exemplo de acervo bibliográfico atualizado, ambientes direcionados à pesquisa e formação de grupos sólidos de pesquisadores.
   V.        O Desenvolvimento da Pesquisa na Ação dos Professes do IFBA Campus Irecê
Na entrevista podemos encontrar respostas que nos fazem refletir sobre como os professores consideram o desenvolvimento da pesquisa na prática docente na instituição. O sujeito 01 acredita que o desenvolvimento da pesquisa no Campus não é satisfatório devido à infraestrutura e a falta de incentivo, principalmente em relação à carga horária alta dos professores, apesar da maioria deles se interessarem pelo desenvolvimento de pesquisa, pela busca de novos conhecimentos e se desdobrarem para tal.
O sujeito 02 fala que o empenho dos professores é satisfatório perante as dificuldades, apesar de a pesquisa ser importante para a progressão docente, por isso de interesse dos professores. Destaca que em linhas gerais o número de pesquisas e projetos na coordenação de pesquisa do Campus já é satisfatório com tão pouco tempo de funcionamento da unidade de ensino em Irecê.
Sobre o incentivo à pesquisa, por parte da instituição, o sujeito 01 enfatiza que o Instituto não incentiva a pesquisa quando não oferta capacitação técnica e atualização pedagógica aos docentes. Requesito que apesar de estar presente nos documentos legais da instituição enquanto política de ensino, ainda está abaixo do desejado. Para esse, a divulgação científica já é desestimulada desde a falta de oferta de qualificação.
O sujeito 03 acrescenta que do ponto de vista de resultado, número e de publicações não tem sido satisfatório, embora o empenho dos professores seja positivo. As dificuldades encontradas para a prática da pesquisa na realidade pesquisada refletem o quanto a pesquisa é ainda muitas vezes posta como um aspecto meramente teórico que embeleza o discurso dos documentos legais das instituições de educação. A pesquisa ainda é vista por muitos como uma espécie de utopia presente no plano de trabalho refletido na carga horária docente de muitos professores que não assumem o compromisso com pesquisa.
Por outro lado, muitas instituições não possibilitam aos professores o desenvolvimento da pesquisa ao não oferecer incentivos, desde uma infraestrutura que dialogue com a proposta de uma educação comprometida com a prática da pesquisa, perpassando por carga horária favorável até incentivos financeiros aos docentes que a desenvolvam e colaboram com o compromisso social e político da instituição.
   V.        Considerações Finais
Essa proposta de pesquisa objetivou inaugurar uma perspectiva que privilegiasse a análise do processo da pesquisa na prática docente dos professores do EBTT do IFBA Campus Irecê. Na tentativa de ampliar os horizontes de reflexão sobre a pesquisa trazendo para discussão aspectos de uma realidade que dialoga com a sociedade e com os anseios desta.
Dada a importância da pesquisa na prática do professor, sinalizada inclusive pelos professores, sua prática ainda está muito aquém do desejável e do que os documentos institucionais asseguram. A partir do relato dos professores, é possível perceber que, apesar da boa vontade de muitos profissionais, a prática da pesquisa não conta com uma série de recursos que a favoreça, a exemplo de espaços adequados, recursos financeiros, carga horária docente, acervos etc.
Os profissionais demonstraram compreender que a pesquisa dialoga como os objetivos de (re) construção social presente no espaço educativo. Acreditam que a prática da pesquisa não só dialoga com o ensino, mas também é um diferencial pedagógico que possibilita melhorias na educação. Se sentem desafiados a desenvolver uma prática docente que se vincule aos aspectos investigativos e dialógicos do ato de pesquisar. E não estão satisfeitos com as atuais condições de trabalho para pesquisa presente em seu ambiente de trabalho, apesar de concordarem que muita coisa tem sido desenvolvida no pouco tempo que tiveram para tal e das condições que a instituição disponibiliza.
O comprometimento profissional tem andado na contra mão das condições oferecidas. Se assumirem enquanto grupo tem sido um suporte facilitador da prática aqui discutida. A formação de grupos de pesquisadores e de uma coordenação de pesquisa no Campus tem inaugurado novas perspectivas para a pesquisa na ação docente de muitos profissionais.
Assim, tem colaborado com a intenção de fazer dela um componente a mais na ação dos professores e contemplado um momento significativo de novas descobertas e, principalmente, contribuído direta e indiretamente com a formação de alunos e professores.
Por fim, é importante salientar a necessidade da continuidade dessa pesquisa por os motivos justificados quando se tratou do valor da pesquisa na ação docente e o reflexo dela na instituição escolar.  Pesquisas que tragam essa discussão devem ser incentivadas e estendidas a outras tantas instituições, pois favorecem uma abertura maior no sentido de tornar a pesquisa elemento imprescindível na ação educacional.
Abstract: This work had the intended of knowing how the practice is around the research in the action of teacher of Basic Education, Technical and Technological (BETT) of Federal Institute of Bahia – FIB, Campus Irecê. For this sought knowing what the legal documents of institution propose about the research in the teach praxis. Teachers were interviewed about the possibility of development of research in class, also the possible pedagogical differential in the teacher action, the necessary conditions for developed the research on the BETT, integrating the search on the teacher work at the school  and the situation of research on the institution that teach. Were get results that denounce that the search action, despite to be consensus between all the respondents about the importance of search practice still below of Institute educational ideals.


Work-key: Search Practice. Teacher Praxis. Teacher Practice.


  1. Referências
ANDRÉ. Marli. Pesquisa Formação e Prática Docente (p. 55-69). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012.
BAGNO. Marcos. Pesquisa na Escola: o que é, como se faz. 7ª Ed. Loyola, São Paulo. 2001.
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[1] BORTONI-RICARDO. Stella Maris. O Professor Pesquisador: introdução a pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola. 2008,p. 34.

[2] DESLANDES, Suely Ferreira. GOMES, Romeu. MINAYO, Maria Cecília de Souza (Organizadora). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. 27ª edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, p. 16.
[3] BRASIL. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Caminhos da Construção do Projeto Pedagógico Institucional do IFBA Instituto Federal da Bahia – IFBA. 2011, p.34.
[4] LUDKE. Menga. (Coord.) O professor e a pesquisa. Campinas, São Paulo: Papirus, 2001.7ª. Ed. p. 36.
[5] LISITA, Verbena Moreira S.S. ROSA, Dalva. LIPOVOLETSKY, Noêmia. Formação de Professores e Pesquisa: uma relação possível? (p.107-127). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 108.
[6] DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. 9ª edição. Revisada. Campinas SP: Autores Associados. 2011, p.01.
[7] DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. 9ª edição. Revisada. Campinas SP: Autores Associados. 2011, p. 7-8.
[8] DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. 9ª edição. Revisada. Campinas SP: Autores Associados. 2011, p.11.

[9] SANTOS, Lucíola L.C. P. Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p. 11-25). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 11.
[10] SANTOS, Lucíola L.C. P. Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p. 11-25). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 13.
[11] SANTOS, Lucíola L.C. P. Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p. 11-25). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 13.
[12] SANTOS, Lucíola L.C. P. Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p. 11-25). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 13.
[13] SANTOS, Lucíola L.C. P. Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p. 11-25). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 16.
[14] LUDKE, Menga. A Complexa Relação entre o Professor e a Pesquisa (p.27-54). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 30.
[15] SANTOS, Lucíola L.C. P. Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p. 11-25). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 23.
[16] ANDRÉ. Marli. Pesquisa Formação e Prática Docente (p. 55-69). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 61.
[17] ANDRÉ. Marli. Pesquisa Formação e Prática Docente (p. 55-69). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 61.
[18] LISITA, Verbena Moreira S.S. ROSA, Dalva. LIPOVOLETSKY, Noêmia. Formação de Professores e Pesquisa: uma relação possível? (p.107-127). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 108.
[19] LISITA, Verbena Moreira S.S. ROSA, Dalva. LIPOVOLETSKY, Noêmia. Formação de Professores e Pesquisa: uma relação possível? (p.107-127). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 108.
[20] ANDRÉ. Marli. Pesquisa Formação e Prática Docente (p. 55-69). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 55.

[21] LUDKE. Menga. (Coord.) O professor e a pesquisa. Campinas, São Paulo: Papirus, 2001.7ª. Ed. p. 28.
[22] ANDRÉ. Marli. Pesquisa Formação e Prática Docente (p. 55-69). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 60.
[23] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Estatuto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. 2008.
[24] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Estatuto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. 2008.
[25] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Plano de Desenvolvimento Institucional 2009-2013. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. 2009, p.52.
[26] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Plano de Desenvolvimento Institucional 2009-2013. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. 2009, p.53.
[27] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Plano de Desenvolvimento Institucional 2009-2013. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia. 2009, p.53.
[28] BRASIL. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Caminhos da Construção do Projeto Pedagógico Institucional do IFBA Instituto Federal da Bahia – IFBA. 2011, p.04.
[29] BRASIL. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Caminhos da Construção do Projeto Pedagógico Institucional do IFBA Instituto Federal da Bahia – IFBA. 2011, p.34.
[30] BORTONI-RICARDO. Stella Maris. O Professor Pesquisador: introdução a pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola. 2008, p.10.
[31] SANTOS, Lucíola L.C. P. Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p. 11-25). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 20.
[32] PERRENOUD, 1999 apud LISITA, Verbena Moreira S.S. ROSA, Dalva. LIPOVOLETSKY, Noêmia. Formação de Professores e Pesquisa: uma relação possível? (p.107-127). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p.21.

[33] ANDRÉ. Marli. Pesquisa Formação e Prática Docente (p. 55-69). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 08.

[34] BAGNO. Marcos. Pesquisa na Escola: o que é, como se faz. 7ª Ed. Loyola, São Paulo. 2001. p. 20.
[35]  SOARES, Magda. As Pesquisas nas Áreas Específicas Influenciando o Curso de Formação de Professores (p.91-105). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p.92.
[36] LUDKE, Menga. A Complexa Relação entre o Professor e a Pesquisa (p.27-54). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 32.