A PRÁTICA DA PESQUISA
NA AÇÃO DOCENTE DOS PROFESSORES DO ENSINO BÁSICO, TÉCNICO E TECNLÓGICO DO
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA – CAMPUS IRECÊ
Resumo: Este trabalho teve
como finalidade conhecer como ocorre a prática da pesquisa na ação docente dos
professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA, Campus Irecê. Para tanto,
buscou-se conhecer o que os documentos legais da instituição propõem a cerca da
pesquisa na práxis do professor. Foram entrevistados professores sobre a
possibilidade do desenvolvimento da pesquisa em sala de aula, do possível
diferencial pedagógico na prática de ensino, das condições necessárias para o seu
desenvolvimento no EBTT, da integração da pesquisa no trabalho do professor na
escola básica e da situação da pesquisa na instituição na qual lecionam. Foram
obtidos resultados que denunciam que a ação da pesquisa, apesar de ser consenso
entre os entrevistados de sua importância na prática docente, ainda está muito
aquém dos ideais educacionais do Instituto.
Palavras-chaves: Prática da
Pesquisa. Ação Docente. Prática do
Ensino.
I.
Introdução
O trabalho
em questão foi originado de uma pesquisa realizada no mês de setembro de 2012
com professores do IFBA Campus Irecê,
com o objetivo de conhecer como a prática da pesquisa ocorre na ação docente,
com vistas a traçar um paralelo entre o Plano de Desenvolvimento Institucional
(PDI), a proposta do Projeto Político Pedagógico (PPI) e a experiência da
prática dos professores do Ensino Básico Técnico e Tecnológico (EBTT) da referida
instituição.
Os sujeitos dessa pesquisa foram professores, num total de 03
(três), em regime de dedicação exclusiva, mestres em sua
área de atuação e selecionados mediante sorteio contendo 20 nomes. A pesquisa
realizada foi de caráter qualitativo, que tem como uma das principais
características possibilitar maior
autonomia nas escolhas do pesquisador, uma vez que permite exploração
livre do tema, de modo que ofereça maior liberdade. Por meio dessa metodologia
buscou como indica Bortoni-Ricardo “procurar entender, interpretar fenômenos
inseridos em um contexto” [1].
Quanto aos instrumentos de
coleta de dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com os
professores acerca da possibilidade do desenvolvimento da pesquisa em sala de
aula, do possível diferencial pedagógico na prática de ensino, das condições
necessárias para o desenvolvimento da pesquisa no EBTT, da integração da
pesquisa no trabalho do professor na escola básica e do estado/situação da pesquisa
na instituição de ensino, além da análise do PDI e proposta de construção do
PPI do Instituto.
O texto aborda a pesquisa
inserida na prática docente como diferenciador na qualidade do ensino, apesar das
dificuldades diversas para o professor desenvolvê-la de modo pleno e
satisfatório juntamente com a sua prática de ensino. Discute aspectos positivos
da pesquisa na prática docente, pautando, inclusive em documentos legais. Problematiza
em torno das experiências de profissionais do Ensino Básico Técnico e
Tecnológico do IFBA Campus Irecê
acerca desse assunto, assim, apresenta opiniões e impressões dos professores
sobre a prática da pesquisa na sua ação docente.
II.
A
Pesquisa como Proposta Educativa na Ação Docente
O ser humano é pesquisador
por natureza. Somos dotados de saberes e o que nos faz diferentes de outros
seres vivos é a nossa capacidade de pensar, interrogar, investigar, indagar,
interagir e buscar proposição de respostas aos nossos problemas. Somos competentes
em elaborar saberes a partir das nossas vivências, experiências e observações
do dia-a-dia, ou seja, desenvolvemos saberes que se manifestam de modo espontâneo
e que estão diretamente ligados a nossa maneira de se relacionar com o outro e
com o meio que nos cerca.
Com a evolução, nos tornamos
mais exigentes com os saberes espontâneos que desenvolvemos, dessa forma, começamos
aplicar técnicas para desenvolver o saber científico. E todos os saberes que
construímos que auxiliam nossas atividades diárias são oriundos de um mesmo
ponto inicial: a busca pelo conhecimento, a inquietação que move o pensamento
do homem. A pesquisa é, portanto, inerente à vida da humanidade, pois, toda
nova descoberta envolve o ato de indagar e investigar.
Para Minayo “toda
investigação se inicia por uma questão, por um problema, por uma pergunta, por
uma dúvida” [2]. É
nesse entorno que a pesquisa tem sua causa, uma vez que parte do principio da
sua importância na prática docente e como ela se desenvolve em um determinado
espaço educativo.
A nova roupagem da educação
tecnológica no Brasil, principalmente a partir do projeto da expansão da Rede
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, propõe uma educação centrada no
ensino, na pesquisa e na extensão vislumbrando a formação de sujeitos históricos
e críticos por meio de uma formação de qualidade e referenciada. A ênfase no
tripé ensino, pesquisa e extensão, é sem dúvida uma das principais modificações
dentro da proposta de construção dos Institutos Federais rumo
à qualidade na educação e a busca da formação completa do cidadão brasileiro. A
proposta do PPI, inclusive, assevera essa perspectiva.[3]
Segundo Ludke “a importância
da pesquisa na pratica docente vem há muito
tempo sendo discutida em associação com os conceitos de reflexão e crítica , na
perspectiva de uma prática reflexiva, do professor reflexivo ou professor
pesquisador”. (p.36).[4]
O professor pesquisador é
para os alunos oportunidade de comunicação com o mundo através de pesquisas,
produções, publicações, apresentações etc. A pesquisa é um principio educativo
que apura a capacidade investigativa e conceitual do pesquisador e fomenta
discussões diversas a partir da interação e contradição. Dessa forma, é
indispensável na educação.
Apesar do consenso que
existe acerca da importância da pesquisa na prática docente, há muitas
discussões em torno de como a pesquisa é alocada na ação docente de modo que
colabore efetivamente na qualidade do ensino e não se transforme em mera discussão
vazia e/ou mero jargão. A pesquisa, segundo Lisita et. al. tem o “potencial em
criar condições que ajudem os docentes a desenvolver disposições e capacidade
para uma prática refletida” [5].
Argumentam em favor da ideia de que se formem professores que pesquisem e que
produzam conhecimentos sobre seu próprio trabalho docente.
Para Demo “o critério
diferencial da pesquisa é o questionamento reconstrutivo, que engloba teoria e
prática, qualidade formal e política, inovação e ética” [6].
Para esse autor a “base da educação escolar é a pesquisa, não a aula, ou o
ambiente de socialização, ou a ambiência física, ou o mero contato entre
professor e aluno” [7].
Para ele “o aluno não vai à escola para assistir à aula, mas para pesquisar” [8].
Defende a pesquisa com princípio educativo em que o aluno deve ser parceiro de
trabalho do professor, por isso, deve ser ativo, participativo, reconstrutivo.
Aluno que mais que disciplinado seja criativo, capaz de argumentar,
fundamentar, questionar, propor e contrapor com propriedade.
I.
Pesquisa e Ensino: uma inter-relação necessária
O desenvolvimento da
atividade de pesquisa representa certo prestígio, levando muitas vezes a
conotação de que poucos conseguem desenvolvê-la. Na atualidade ela representa
um elemento fundamental na qualificação docente e, muitas vezes esse prestígio
leva o profissional a se desvencilhar do ensino ou não apostar na relação e
potencial existente na interconexão entre esses dois campos.
Talvez uma justificativa para
isso seja o fato de que ainda é um desafio tornar-se um pesquisador e manter-se
perseverante na prática do ensino, uma vez que na maioria dos casos, o
professor se afasta das suas atividades de ensino quando vai se dedicar a
pesquisa, pois para o desenvolvimento dessa se requer tempo, dedicação e
envolvimento que se simultaneamente com a prática daquela poderá inviabilizar a
pesquisa comprometendo seu desenvolvimento e efetivação. De modo contraditório,
o docente se distancia do ensino, para refletir e pesquisar aspectos inseridos
nessa atividade prática e/ou em aspectos que circunscrevem tal ação.
Assim, por necessidade e,
acrescido do prestigio em ser pesquisador e da desvalorização da profissão de
professor, o profissional passa a dedicar seu tempo “integral” à pesquisa. Por
ainda serem vistos como aspectos distintos presentes no processo educativo,
muitos profissionais retornam do “tempo para a pesquisa” e retomam sua
atividade de ensino deslocados da realidade sem muitas vezes utilizar da sua
experiência e conhecimento para fomentar uma prática de ensino guiada pelos
saberes adquiridos, relacionando/associando pesquisa e ensino.
Entretanto para Santos, a
baixa integração entre ensino e pesquisa “é decorrente da forma como está
estruturado o campo acadêmico no interior das universidades e das complexas
relações que este mantém com as diferentes áreas do conhecimento” [9].
Cursos com currículos que não se voltam para a preparação de professores que
desenvolvam o exercício da pesquisa. Por isso muitas vezes “muitos docentes
consideram suas atividades de ensino desconectadas das atividades de pesquisa” [10].
Essa mesma autora afirma que o desenvolvimento de pesquisa repercute com maior
intensidade na pós-graduação, segundo ela, lugar “para onde se dirigem, após o
término do curso de graduação, os alunos que participam de tais iniciativas” [11].
Para Santos “o trabalho dos
docentes com a pesquisa se traduz na sala de aula em cursos mais atualizados,
aproximando os alunos do campo da produção do conhecimento” [12].
Portanto, a prática da pesquisa é percebida como relevante para a prática de
ensinar.
É desejável que o professor:
Trabalhe como um
pesquisador, identificando problemas de ensino, construindo propostas de
solução com base na literatura e em sua experiência, colocando em ação as
alternativas planejadas, observando e analisando os resultados obtidos, corrigindo
percursos que se mostram pouco satisfatórios [13].
Neste aspecto o professor é
um pesquisador alicerçado em suas experiências teóricas e práticas e nos
objetivos de melhoria escolar.
Por meio da pesquisa o
docente tem possibilidades de se confrontar com dúvidas e incertezas de
determinados campos de conhecimentos. Bem como incitado a investigação e aos
métodos investigativos e consequentemente apropria-se de novos conhecimentos
(conhecimentos científicos). De maneira que não existem problemas mais amplos
sociais ou políticos do que aqueles percebidos na ação prática do ensino, pois
esses refletem os problemas interligados ao mundo fora dos muros escolar.
Ocorre
que muitas vezes os interesses e os cuidados dispensados a pesquisa coloca o
ensino em segundo plano. É necessária uma integração entre esses dois campos e
não uma supremacia de um em detrimento da negação do outro. Mas sim, defende-se
que ambos se correlacionam e podem promover uma melhor qualidade na educação e,
consequentemente, uma maior interferência política e social.
II.
Pesquisa na Formação de Professo
Ludke explana que “a
literatura específica e até a legislação relativa à formação de professores já
admitem a importância da pesquisa na preparação e no trabalho do professor” [14],
ou seja, formação e prática. Essa mesma autora esclarece que é muito difundida
e aceita a ideia de um professor mais ativo, autônomo, crítico, principalmente
em relação as suas escolhas e trabalho, ou seja, um profissional que não mais
responda a ideia de aplicador de soluções prontas, mas sim a de um investigador.
Os cursos de formação de
professores podem e devem integrar ensino e pesquisa. Para Santos “essa
integração só será possível quando o ensino for colocado como prioridade ao
lado da pesquisa, dispensando-lhe o interesse e os cuidados conferidos a esta
última” [15].
Para André “há várias formas
de trabalhar a articulação entre ensino, e pesquisa na formação docente” [16].
De modo que:
(...) pode
traduzir-se numa organização curricular, em que disciplinas e atividades sejam
planejadas coletivamente, com o objetivo de desenvolver habilidades e atitudes
de investigação nos futuros professores. ... pesquisas que retratem o cotidiano
escolar, visando aproximar os futuros docentes da realidade das escolas,
levando-os a refazer o processo da pesquisa e a discutir sua metodologia e seus
resultados. [17]
Lisita et. al. argumenta em
favor da ideia de “formar professores que pesquisam e produzem conhecimentos
sobre seu próprio trabalho” [18],
e do “potencial da pesquisa em criar condições que ajudem os docentes a
desenvolver disposições e capacidade para uma prática refletida” [19].
III.
A Pesquisa e sua Ação Transformadora
Atualmente há uma
expectativa de que o professor deva desenvolver pesquisas. Resta saber se as
instituições tem encarado a prática da pesquisa com o comprometimento
necessário para que o professor a desenvolva, com carga horária própria, oferecendo
instrumentos adequados, incentivos etc. Bem como se os professores realizam pesquisas
que se relacionam às questões práticas do ensino e de investigações emanadas de
um desejo de descobertas.
Compreende-se que o trabalho
da pesquisa na ação docente pode e deve ser voltado para questões da prática do
dia-a-dia das instituições escolares, sem, contudo abrir mão de todos os
cuidados que devem cercar toda forma de pesquisa. A proximidade da pesquisa com
as necessidades da realidade se concretiza em uma ação prática.
André destaca que “existe
uma ideia, que vem sendo defendida nos últimos anos, de que a pesquisa deve ser
parte integrante do trabalho do professor, ou seja, que o professor deve se
envolver em projetos de pesquisação nas escolas ou salas de aula” [20]. Compreendendo esse processo como um elo entre
os problemas enfrentados no dia-a-dia e o papel da educação de propor melhorias
na realidade social. Obviamente a educação não poderá sozinha resolver todos os
problemas de uma dada realidade, mas enquanto instrumento socialmente
construído e organizado tem o dever de propor e conduzir melhorias que
potencializem o ser humano e sua inteligência na melhoria da prática.
Defende-se o desenvolvimento
da pesquisa na ação do professor, ligada não ao modismo relacionado ao
prestígio desenvolvido em torno da pesquisa, nem tão pouco atribuir à pesquisa
o poder que ela não tem o de ditar regras para a prática docente, mas sim, por
compreender que a pesquisa envolve um papel didático, além de ser instrumento
de reflexão sobre a prática, capaz de desenvolver e propor saberes teóricos e
práticos.
Concorda com Ludke quando
afirma que “na prática docente existem condições para que a pesquisa se torne
não apenas possível e viável, mas também possível de ser verdadeiramente instrumento
de reflexão e crítica”[21]
No entanto, para o
desenvolvimento da pesquisa na prática docente, o professor precisa de instrumentos
e possibilidades de realização do trabalho que circunda a ação da pesquisa. Condições
diversas que envolvem desde a carga horária até os incentivos para os docentes
desenvolverem suas pesquisas. Já que de acordo com André:
Esperar que os
professores se tornem pesquisadores, sem oferecer as necessárias condições
ambientais, materiais, institucionais implica, por um lado, subestimar o peso
das demandas do trabalho docente cotidiano e, por outro, os requisitos para um
trabalho científico de qualidade. [22]
Desse modo, objetiva-se
enfatizar as possibilidades de articular ensino e pesquisa na formação e na
prática docente, especialmente, na prática dos professores do ensino médio. Espera-se
que as instituições escolares do ensino médio não sejam do tipo que exista apenas ensino e professores,
mas também pesquisa e pesquisadores. Que
seja uma instituição disposta a promover, antes de tudo, reconstrução social. A
pesquisa é em suma uma ação fecunda que inova as práticas de ensino.
III.
A
Garantia Institucional da Pesquisa na Ação Docente
No estatuto do IFBA, o
Capitulo II que reza acerca dos princípios e das finalidades da Instituição,
Art. 3º, garante a “verticalização do ensino e sua integração com a pesquisa e
a extensão” [23].
De modo que tal garantia deve servir de norte para as práticas pedagógicas nos
diversos Campi. No § VIII do Art. 4ª enfatiza ainda que a instituição deverá
“realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o
empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico”
[24].
A pesquisa ganha um dimensionamento correlacionado ao desenvolvimento científico
do Instituto.
No Plano de Desenvolvimento
Institucional - PDI defende-se a articulação da pesquisa com o ensino e a
extensão com vistas a educação continuada, destacando que a pesquisa e
pós-graduação na instituição devem ter por princípio a “vinculação estreita com
a educação, ciência e tecnologia destinada à construção da cidadania, da
democracia, de defesa do meio ambiente e da vida, de criação e produção solidárias,
e visando o desenvolvimento regional” [25].
Sendo assim, é através da
Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação PRPGI, tendo o aval da
Câmara de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação do Instituto que as áreas
prioritárias de pesquisa são propostas, oriundas de consulta a toda a comunidade
científica. Cabe a Pró-reitoria orientar os setores no que diz respeito às
diretrizes de pesquisa, instigar a realização dessas atividades, organizando-as
em projetos, vinculadas às linhas e grupos de pesquisa e na medida em que estimule
a formação de grupos de pesquisa, consolide-as para o fortalecimento da área
específica de conhecimento, assim como a articulação entre as diversas áreas.
Com vistas ao
desenvolvimento de pesquisas o PDI ressalta o estabelecimento de acordos de
cooperação com “universidades, instituições, organizações e redes de pesquisa,
visando a aprimorar a qualidade das atividades finalísticas institucionais e a
formação dos sujeitos envolvidos” [26].
Para a instituição as atividades de pesquisa são aquelas que envolvem “produção
do conhecimento realizada por grupos de pesquisa ou por servidor
individualmente, no sentido do desenvolvimento tecnológico, científico,
artístico e cultural, bem como no sentido da qualificação da ação pedagógica
dos docentes do IFBA” [27].
O Projeto Pedagógico
Institucional – PPI, ainda em fase de construção, traz em sua proposta que a
missão do Instituto é a promoção da “formação do cidadão histórico-crítico,
oferecendo ensino, pesquisa e extensão com qualidade socialmente referenciada,
objetivando o desenvolvimento sustentável do país” [28].
As diretrizes gerais para o ensino, a pesquisa e a extensão presentes na
proposta do PPI asseguram “consolidar a pesquisa e a extensão como prática
permanente e fonte de retroalimentação curricular” [29].
De modo que a pesquisa em
questão se interessa em investigar acerca da real concretização das propostas
para a efetivação da pesquisa como reza os documentos legais supracitados,
utilizando como norte discussões em torno da pesquisa como meandro educativo na
ação dos professores.
IV.
Opiniões
e Impressões dos Professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico do IFBA Campus Irecê sobre a Prática da Pesquisa na sua Ação Docente.
A relação da entrevista com o
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), com a proposta para a construção
do Projeto Pedagógico Institucional (PPI) e com os que elas propõem acerca da
pesquisa dentro da práxis do professor, nos direciona rumo a uma análise que
discute a pesquisa e seu potencial educativo.
Em concordância com
Bortoni-Ricardo quando afirma que “é desejável que os professores e todos os
atores envolvidos com a educação tenham uma postura pró-ativa na produção do
conhecimento” [30],
ou seja, uma postura investigativa da realidade circunscrita, este trabalho se
lança nesse experimento, onde as questões das entrevistas tiveram como norte a
realidade da prática da pesquisa dentro do ambiente escolar.
I.
O Desenvolvimento da Pesquisa na Sala de Aula
Ao serem questionados sobre
a possibilidade do desenvolvimento da pesquisa em sala de aula, os professores foram
unânimes a favor de que é possível desenvolvê-la nesse espaço. Foram incisivos ao
defenderem a prática da pesquisa na prática de ensino.
Para o sujeito 01 “a prática
da pesquisa não só é possível como deve ser imperiosa”. Segundo o sujeito 02 o
desenvolvimento da pesquisa na prática docente é possível desde que haja as
condições necessárias, por que os alunos sempre se mostrem bem interessados em
pesquisas, em se inserirem em projetos. Para o sujeito 03 “enquanto IFBA é
necessário que o professor faça pesquisas”, independente se individualmente ou no
coletivo.
O sujeito 01 acredita que o
papel do professor não está apenas centrado no “discurso velho de cidadania
etc. O interesse tem que ser também que a gente instigue a formação de
pesquisadores, porque a construção do conhecimento só se faz a partir do momento
que o aluno realmente se interessa por pesquisar, por descobri, por conhecer”.
Discorre que na sua prática busca sempre estimular a curiosidade dos alunos para
que possam ser pesquisadores na carreira que escolherem.
Na
concepção de Santos “fazendo uso de uma prática reflexiva, o professor
desenvolve um trabalho próximo ao investigador, sem considerar, contudo, que só
por meio da realização de pesquisas o professor pode se tornar um profissional
reflexivo” [31].
Entretanto, essa mesma autora adverte que “não é qualquer tipo de pesquisa que
contribui para o processo de formação docente. Para esse propósito é necessário
que as investigações estejam relacionadas às questões de ensino ou da prática
pedagógica” [32].
A tarefa do professor em sala de aula, apesar de complexo, pode ser instrumento
de investigação dele próprio.
Os
professores acreditam que cabe ao professor ter a iniciativa de promover a
pesquisa na sala de aula, utilizando dos elementos e das condições que dispõem.
A pesquisa é percebida por eles não como uma ameaça às suas atividades de ensino,
mas como um elemento a mais na busca de um ensino mais contextualizado e
dinâmico.
II.
A pesquisa e seu Diferencial Pedagógico
Ao
ser abordado o questionamento em torno de como a pesquisa pode ser um diferencial
pedagógico na ação docente, todos, também, concordaram que a pesquisa pode ter
esse diferencial, uma vez que acreditam que a pesquisa contribui para a
qualidade do ensino. Na opinião do sujeito 02, quando o professor pesquisa ele
“aprende a estudar, de certa forma, ele aprende a ir mais fundo no que ele quer
conhecer... começa a ter uma maturidade”.
Para
o sujeito 03 o aluno torna-se mais crítico quando pesquisa e, consequentemente,
colabora com a melhoria do ensino. Discorre que “a pesquisa para o IFBA
incentiva tanto na produção cultural, artística, no desenvolvimento científico
e até no empreendedorismo”, conforme garantido nos documentos legais do Instituto.
O sujeito 01 acredita que a
“pesquisa tem que ser a base da prática docente, tanto na formação do
professor, quanto na formação do aluno”. Formação que se vincula a qualificação
e por sua vez se relaciona a estímulo para tal.
III.
A Pesquisa e as Condições para sua Realização
Para o desenvolvimento da
pesquisa há muitas dificuldades, desde as relacionadas ao nível de interesse
docente até aos entraves institucionais que não incentivam a pesquisa por não concebê-la
como uma interface da educação. André enfatiza a “necessidade de condições
mínimas para que o professor possa aliar a investigação a seu trabalho docente
cotidiano” [33],
já que a relação ensino e pesquisa é um desafio ao docente haja vista que o
processo de produção de conhecimento não é fácil, assim como não é o de ensino.
Os professores dizem acreditar
que para o desenvolvimento da pesquisa na ação docente, não basta boa vontade
dos professores, deve haver condições diversas como carga horária disponível,
recursos materiais e humanos, espaços físicos, acervos, dentre outras. De modo
que afirmam não ter no Campus as
condições ideais para desenvolverem de forma plena a pesquisa aliada a ação de
ensino.
O sujeito 01 diz acreditar
que a formação para a pesquisa não é tão incentivada pelos gestores, como
acredita que deveria ser. Destaca também a falta de recurso devido à má
administração dos recursos financeiros institucional, resultando inclusive em
acervo insuficiente e na falta de espaços adequados para o desenvolvimento da
pesquisa. Diz ainda que no ensino básico, técnico e tecnológico ainda permanece
a ideia de que “o ensino deve ser voltado para as áreas tecnológicas”,
enfatizando que em detrimento da priorização das áreas como eletromecânica e
química, por exemplo, que possuem seus próprios laboratórios, outras áreas como
história não recebem a atenção devida.
Na proposta do PPI, a ideia
interdisciplinar dialoga com o trabalho gestado para uma formação integral do
indivíduo, que por consequência desemboca em um diálogo de formação
emancipatória do ser humano.
O sujeito 02 também acredita
que não há as condições necessárias, mas ressalta que o Campus é novo, portanto, ainda se organizando melhor em vários
aspectos. Enfatiza que apesar das dificuldades, o Campus de Irecê em comparação com os demais Campi recentes em funcionamento, tem se destacado em propostas e
desenvolvimento de pesquisa por parte do professorado. Destaca que um dos problemas devido
ao tempo de funcionamento é com relação à carga horária docente, pois, não há
um corpo de professores que possibilite que todos tenham o tempo viável para a
pesquisa e, por isso não se pode haver muita cobrança nesse aspecto.
O sujeito 03 discorre que o Campus “não dispõe de laboratórios, não dispõe
de internet para pesquisa, o acervo da biblioteca ainda tá bem precário, o
Instituto não recebe revistas e a carga horária acaba dificultando”. Para ele, muitos
professores não dispõem de carga horária que possibilite a prática da pesquisa.
Contudo, acrescenta que muitos professores, apesar das dificuldades, participam
de grupo de pesquisa, de projetos de pesquisa, cursos de extensão e grupos de
estudo.
O Campus de Irecê, segundo os professores, ainda não fornece as condições
necessárias para que os professores invistam como gostariam e como acreditam
que deveria ser a pesquisa em sua ação docente. Muitos entraves tem dificultado
essa prática, Há expectativa que muitas dificuldades para a prática da pesquisa
sejam superadas com o tempo, quando haverá um engajamento e amadurecimento
maior para essa prática por parte dos professores e os recursos sejam
destinados e melhor utilizados para o incentivo a pesquisa.
IV.
A Integração da Pesquisa no Âmbito do
Trabalho do Professor EBTT
Os professores entrevistados
tiveram respostas diferentes acerca do questionamento em torno da integração da
pesquisa no âmbito do trabalho do professor do ensino médio. Ao passo que para
um deles essa integração não é um desafio, pois julga que, a pesquisa é, antes
de tudo, uma obrigação de todo docente, é competência do professor ser
pesquisador, para outro é um desafio na medida em que analisa a formação acadêmica
dos próprios professores, já que alguns deles ainda não são especialistas e/ou
mestres e não tiveram formação para a pesquisa na graduação, ou seja, “não
tiveram a prática da pesquisa em sua formação” (Sujeito 03).
Segundo o sujeito 03, ele é
um exemplo de que na graduação muitos professores não têm uma relação mais
íntima com a experiência da pesquisa, pois, só veio ter a experiência da
pesquisa quando saiu da graduação (licenciatura em matemática) para o mestrado.
Acrescenta ainda que nem mesmo o trabalho de conclusão de curso (TCC) não foi
em formato de pesquisa/monografia ao finalizar a licenciatura.
Uma contradição se pensarmos
a Universidade conforme nos apresenta Bagno ao afirmar que “a universidade não
pode ser apenas um “depósito” do conhecimento acumulado ao longo dos séculos”.
Ela tem de ser também uma “fábrica” de conhecimento novo. E esse conhecimento
novo só se consegue... pesquisando”.[34]
Todavia, o sujeito 03 diz
acreditar que apesar da pouca experiência que alguns professores têm com a
prática da pesquisa, não justifica que o docente seja apático à necessidade do
desenvolvimento de pesquisas no ambiente escolar. Conjectura que “o desafio
para a pesquisa é grande, apesar de na minha concepção achar que você não
precisa antes ter sido “treinado” pra pesquisar pra posteriormente fazer
pesquisa” (SUJEITO 03). Acrescenta ainda que mesmo sem uma formação para a
pesquisa o professor pode, inclusive, no ensino fundamental e médio começar a
pesquisar suas próprias práticas metodológicas em sala de aula.
Algumas áreas de formação
específica, como matemática, são muitas vezes criticadas quanto sua limitação à
área e formação de profissionais que “ensinam determinado conteúdo, em
determinada área específica, deixando-se de se considerar outras dimensões –
pessoais, políticas, sociais, culturais, éticas desse profissional e de sua ação”
[35].
Formar professor não é apenas qualificá-lo para determinada área, mas
igualmente formá-lo no sentido de enfrentar os desafios escolares e construir o
ambiente educativo.
Ludke afirma que “uma boa
formação teórica vai ajudar o professor a conhecer melhor os problemas e as
características da realidade que cerca a sua escola, tanto no âmbito imediato,
como no mais amplo” [36].
O sujeito 02 enfatiza que
não existe uma cultura da prática da pesquisa na ação docente, apesar do
empenho de tantos docentes e alunos em desenvolvê-la. Destaca
que há um pensamento que a relação com a pesquisa deve ocorrer na graduação,
quando o ensino técnico e tecnológico tem a pesquisa inserida nos espaços
educativos referentes principalmente a inovação. Assim, a vinda do IFBA representa
um grande avanço cultural quanto essa prática.
O sujeito 01 acredita que no
cotidiano ensino e pesquisa são vistos como dissociados ao explanar que:
Há ainda um
pensamento de que uma coisa é o que eu falo em sala de aula, outra coisa é o
que eu pesquiso fora da sala de aula. No meu ver tudo que eu venha a
desenvolver de pesquisa na minha formação vai ter uma ligação direta com a
minha prática em sala de aula... Aqui no Instituto agente vê que muitas vezes
as coisas se mostram separadas, até o discurso da direção é de que a pesquisa
tem que ser voltada para o interesse imediato do Instituto e, eu acho que isso
é uma desqualificação da pesquisa.
Deste modo, a integração da
pesquisa na prática dos professores ainda se esbarra em aspectos como a falta
de formação e interesse para a pesquisa em muitos professores. Bem como por
questões culturais de que cabe a graduação (quando ocorre) o compromisso com a
pesquisa, competindo ao ensino médio preparar o aluno para aprovação em
vestibular. Além de outras conjunturas institucionais que dificultam essa
prática, a exemplo de acervo bibliográfico atualizado, ambientes direcionados à
pesquisa e formação de grupos sólidos de pesquisadores.
V.
O Desenvolvimento da Pesquisa na Ação dos Professes
do IFBA Campus Irecê
Na entrevista podemos
encontrar respostas que nos fazem refletir sobre como os professores consideram
o desenvolvimento da pesquisa na prática docente na instituição. O sujeito 01 acredita
que o desenvolvimento da pesquisa no Campus
não é satisfatório devido à infraestrutura e a falta de incentivo,
principalmente em relação à carga horária alta dos professores, apesar da
maioria deles se interessarem pelo desenvolvimento de pesquisa, pela busca de
novos conhecimentos e se desdobrarem para tal.
O sujeito 02 fala que o
empenho dos professores é satisfatório perante as dificuldades, apesar de a
pesquisa ser importante para a progressão docente, por isso de interesse dos
professores. Destaca que em linhas gerais o número de pesquisas e projetos na
coordenação de pesquisa do Campus já é
satisfatório com tão pouco tempo de funcionamento da unidade de ensino em Irecê.
Sobre o incentivo à
pesquisa, por parte da instituição, o sujeito 01 enfatiza que o Instituto não incentiva
a pesquisa quando não oferta capacitação técnica e atualização pedagógica aos
docentes. Requesito que apesar de estar presente nos documentos legais da
instituição enquanto política de ensino, ainda está abaixo do desejado. Para
esse, a divulgação científica já é desestimulada desde a falta de oferta de qualificação.
O sujeito 03 acrescenta que
do ponto de vista de resultado, número e de publicações não tem sido
satisfatório, embora o empenho dos professores seja positivo. As dificuldades
encontradas para a prática da pesquisa na realidade pesquisada refletem o
quanto a pesquisa é ainda muitas vezes posta como um aspecto meramente teórico
que embeleza o discurso dos documentos legais das instituições de educação. A
pesquisa ainda é vista por muitos como uma espécie de utopia presente no plano
de trabalho refletido na carga horária docente de muitos professores que não
assumem o compromisso com pesquisa.
Por outro lado, muitas
instituições não possibilitam aos professores o desenvolvimento da pesquisa ao
não oferecer incentivos, desde uma infraestrutura que dialogue com a proposta
de uma educação comprometida com a prática da pesquisa, perpassando por carga
horária favorável até incentivos financeiros aos docentes que a desenvolvam e
colaboram com o compromisso social e político da instituição.
V.
Considerações
Finais
Essa proposta de pesquisa
objetivou inaugurar uma perspectiva que privilegiasse a análise do processo da
pesquisa na prática docente dos professores do EBTT do IFBA Campus Irecê. Na tentativa de ampliar os
horizontes de reflexão sobre a pesquisa trazendo para discussão aspectos de uma
realidade que dialoga com a sociedade e com os anseios desta.
Dada a importância da
pesquisa na prática do professor, sinalizada inclusive pelos professores, sua
prática ainda está muito aquém do desejável e do que os documentos
institucionais asseguram. A partir do relato dos professores, é possível
perceber que, apesar da boa vontade de muitos profissionais, a prática da
pesquisa não conta com uma série de recursos que a favoreça, a exemplo de
espaços adequados, recursos financeiros, carga horária docente, acervos etc.
Os profissionais demonstraram
compreender que a pesquisa dialoga como os objetivos de (re) construção social
presente no espaço educativo. Acreditam que a prática da pesquisa não só
dialoga com o ensino, mas também é um diferencial pedagógico que possibilita
melhorias na educação. Se sentem desafiados a desenvolver uma prática docente
que se vincule aos aspectos investigativos e dialógicos do ato de pesquisar. E
não estão satisfeitos com as atuais condições de trabalho para pesquisa
presente em seu ambiente de trabalho, apesar de concordarem que muita coisa tem
sido desenvolvida no pouco tempo que tiveram para tal e das condições que a
instituição disponibiliza.
O comprometimento
profissional tem andado na contra mão das condições oferecidas. Se assumirem
enquanto grupo tem sido um suporte facilitador da prática aqui discutida. A
formação de grupos de pesquisadores e de uma coordenação de pesquisa no Campus tem inaugurado novas perspectivas
para a pesquisa na ação docente de muitos profissionais.
Assim, tem colaborado com a
intenção de fazer dela um componente a mais na ação dos professores e contemplado
um momento significativo de novas descobertas e, principalmente, contribuído
direta e indiretamente com a formação de alunos e professores.
Por fim, é importante
salientar a necessidade da continuidade dessa pesquisa por os motivos
justificados quando se tratou do valor da pesquisa na ação docente e o reflexo
dela na instituição escolar. Pesquisas
que tragam essa discussão devem ser incentivadas e estendidas a outras tantas
instituições, pois favorecem uma abertura maior no sentido de tornar a pesquisa
elemento imprescindível na ação educacional.
Abstract: This work had the
intended of knowing how the practice is around the research in the action of
teacher of Basic Education, Technical and Technological (BETT) of Federal
Institute of Bahia – FIB, Campus
Irecê. For this sought knowing what the legal documents of institution propose
about the research in the teach praxis. Teachers were interviewed about the
possibility of development of research in class, also the possible pedagogical
differential in the teacher action, the necessary conditions for developed the
research on the BETT, integrating the search on the teacher work at the
school and the situation of research on
the institution that teach. Were get results that denounce that the search action,
despite to be consensus between all the respondents about the importance of
search practice still below of Institute educational ideals.
Work-key: Search Practice. Teacher Praxis. Teacher
Practice.
- Referências
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[1] BORTONI-RICARDO.
Stella Maris. O Professor Pesquisador:
introdução a pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola. 2008,p. 34.
[2] DESLANDES, Suely
Ferreira. GOMES, Romeu. MINAYO, Maria Cecília de Souza (Organizadora). Pesquisa Social: teoria, método e
criatividade. 27ª edição. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, p. 16.
[3]
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de Educação Profissional e Tecnológica.
Caminhos da Construção do Projeto Pedagógico Institucional do IFBA
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[4] LUDKE. Menga.
(Coord.) O professor e a pesquisa.
Campinas, São Paulo: Papirus, 2001.7ª. Ed. p. 36.
[5] LISITA, Verbena
Moreira S.S. ROSA, Dalva. LIPOVOLETSKY, Noêmia. Formação de Professores e
Pesquisa: uma relação possível? (p.107-127). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na
Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 108.
[6] DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. 9ª edição.
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[7] DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. 9ª edição.
Revisada. Campinas SP: Autores Associados. 2011, p. 7-8.
[8] DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. 9ª edição.
Revisada. Campinas SP: Autores Associados. 2011, p.11.
[9] SANTOS, Lucíola L.C. P.
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na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP:
Papirus, 2012, p. 11.
[10] SANTOS, Lucíola L.C. P.
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na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP:
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[11] SANTOS, Lucíola L.C. P.
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na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP:
Papirus, 2012, p. 13.
[12] SANTOS, Lucíola L.C. P.
Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p. 11-25). In: ___
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na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP:
Papirus, 2012, p. 13.
[13] SANTOS,
Lucíola L.C. P. Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p.
11-25). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O
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Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 16.
[14] LUDKE, Menga. A Complexa
Relação entre o Professor e a Pesquisa (p.27-54). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na
Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 30.
[15] SANTOS, Lucíola L.C.
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Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas,
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[16] ANDRÉ. Marli.
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Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 61.
[17] ANDRÉ. Marli. Pesquisa
Formação e Prática Docente (p. 55-69). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática
dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 61.
[18] LISITA, Verbena
Moreira S.S. ROSA, Dalva. LIPOVOLETSKY, Noêmia. Formação de Professores e
Pesquisa: uma relação possível? (p.107-127). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na
Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 108.
[19] LISITA, Verbena
Moreira S.S. ROSA, Dalva. LIPOVOLETSKY, Noêmia. Formação de Professores e
Pesquisa: uma relação possível? (p.107-127). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na
Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 108.
[20] ANDRÉ. Marli. Pesquisa
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Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 55.
[21] LUDKE. Menga.
(Coord.) O professor e a pesquisa.
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[22] ANDRÉ. Marli. Pesquisa
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Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 60.
[23] BRASIL. Ministério
da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Estatuto do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia da Bahia. 2008.
[24] BRASIL. Ministério
da Educação. Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Estatuto do Instituto Federal de Educação,
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[25] BRASIL. Ministério
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[26] BRASIL. Ministério
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[27] BRASIL. Ministério
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2009-2013. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia.
2009, p.53.
[28] BRASIL. Secretaria
de Educação Profissional e Tecnológica.
Caminhos da Construção do Projeto Pedagógico Institucional do IFBA
Instituto Federal da Bahia – IFBA. 2011, p.04.
[29] BRASIL. Secretaria
de Educação Profissional e Tecnológica.
Caminhos da Construção do Projeto Pedagógico Institucional do IFBA
Instituto Federal da Bahia – IFBA. 2011, p.34.
[30] BORTONI-RICARDO.
Stella Maris. O Professor Pesquisador:
introdução a pesquisa qualitativa. São Paulo: Parábola. 2008, p.10.
[31] SANTOS, Lucíola L.C.
P. Dilemas e Perspectivas na Relação entre Ensino e Pesquisa (p. 11-25). In:
___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da
Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas,
SP: Papirus, 2012, p. 20.
[32] PERRENOUD, 1999 apud LISITA, Verbena Moreira S.S. ROSA,
Dalva. LIPOVOLETSKY, Noêmia. Formação de Professores e Pesquisa: uma relação
possível? (p.107-127). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na Prática dos Professores. 12ª
edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p.21.
[33] ANDRÉ. Marli.
Pesquisa Formação e Prática Docente (p. 55-69). In: ___ ANDRÉ, Marli (org.). O Papel da Pesquisa na Formação e na
Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p. 08.
[34] BAGNO. Marcos. Pesquisa na Escola: o que é, como se faz.
7ª Ed. Loyola, São Paulo. 2001. p. 20.
[35] SOARES, Magda. As Pesquisas nas Áreas Específicas
Influenciando o Curso de Formação de Professores (p.91-105). In: ___ ANDRÉ, Marli
(org.). O Papel da Pesquisa na Formação
e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p.92.
[36] LUDKE, Menga. A
Complexa Relação entre o Professor e a Pesquisa (p.27-54). In: ___ ANDRÉ, Marli
(org.). O Papel da Pesquisa na Formação
e na Prática dos Professores. 12ª edição, Campinas, SP: Papirus, 2012, p.
32.